segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Deita'qui

É o sorriso mais apaixonante que eu já vi. O jeitinho mais carinhoso de deixar-se levar, cujo qual me deixo a qualquer hora conduzir. São os, alguns, fios de cabelo que caem sobre o rosto sempre, deixando-o cada vez mais encantador.

Poderia dizer que é o toque, a pele, o perfume, o beijo. Mas não, é muito mais que isso. É uma certeza que ta dentro do peito, dos pensamentos. Uma certeza que é maior do que qualquer... enfim. Não sei dizer, perdi as palavras de novo.

Perdi, perder, perdida... Perdida! É assim que me sinto perto dele, perdida. Perdida entre o real e o sonho. Entre o céu e a terra, uma oscilação de realidade e sonho que eu nunca sei se o que eu estou vivendo é real ou fantasia. Mas isso é apenas até tocá-lo e ter certeza de que tudo é verdadeiro, pelo menos é o que diz o simples toque de minha mão.

Olhar para ele me faz ver o mar, senti-lo lembra-me o sopro do vento, a maresia. Tocá-lo é como firmar os pés na areia, deixar levar com as ondas. Nada mais que um recanto, um cantinho, my single bed, como diria Bob Marley. Uma sensação entre a paz e o êxtase.

Como se fosse um mar, que se deixa quebrar as ondas, uma a uma em cima de seus grãos de areia. Como se ele fosse a lua que todos os dias beija o manto do meu mar e faz brilhar delicadamente cada pedaçinho desse chão, que é a minha vida. Uma lua tão bela que não cega que se deixa admirar. Não é um sol, não é aquele claro faminto que não nos permite sequer admirá-lo. Mas sim uma lua, com aquele brilho singelo e aconchegante que nos beija a noite enquanto diz: "deite aqui, que nos meus braços te farei feliz".

GEDIEL, Camila. Deita'qui. 2011.

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