terça-feira, 24 de maio de 2011

Sua História de Ninar




E quando a Srta. Responsabilidade resolve bater de vez na sua porta. Eis a pergunta: o que fazer?

Bom, confesso que antes dos meus 17~18 anos meu maior sonho era conhecer a Srta. Responsabilidade, hoje aos meus 23, jovens e inocentes, anos de vida tudo que eu mais desejo é que a Srta. Responsabilidade tire uma folga de mim. Meu deus, que bichinha mais grudenta!

Quer saber a melhor parte da infância, eu lhe digo. É não ter responsabilidade com nada, a não ser de acordar um pouco mais cedo para assistir aquele seu desenho favorito. Ser criança é tão fácil e mesmo assim, esses pequenos seres humanos ainda conseguem se queixar de suas vidas quando a amiga não veio na sua casa na hora marcada, ou porque o bolo de chocolate que ela tanto esperava comer no café na tarde a mamãe, enquanto tomava um chá com a Srta. Responsabilidade na lavanderia, deixou o bolo passar do ponto e torrar.

Certo meu bebezinho, então você fazia aquele beiço e ficava furiosa com a vida e com seus planos que nunca davam certo. Sonhava com as visitas da Fada do Dente à noite para conseguir juntar uns 50 reais para comparar o novo lançamento da Barbie sem ter que pedir dinheiro para a mamãe, ou sem ter que incomodá-la no super mercado pela milésima vez só porque você deseja a boneca mais cobiçada de qualquer criança com 5~6 anos de idade.

Ai! Só de pensar em ser criança eu já até cansei. Que vida difícil mesmo. Ainda ter que ir deitar às 8 horas da noite e ouvir aquela historinha maravilhosa de ninar, que por sinal é sempre a mesma, a nossa favorita.

Então a gente cresce, dia-a-dia, indignados com o fato de que tudo dá errado. Papai disse que chegou tarde e cansado do trabalho e não pode me levar na praçinha. Que injustiça, o que eu tenho com isso? Deve pensar a inocente criança, então nesse momento a mamãe nos chama para a mesa, pois o jantar está servido.

Crescemos assim, achando que somos incompreendidos, que a nossa vida é difícil. Na adolescência ninguém nos entende porque choramos quando o garoto mais gato da escola não nos da bola e ainda nos criticam quando nos apaixonamos e namoramos com o mais 'meia boca' em beleza.

Afinal, quando é que as coisas vão ficar fáceis na vida? Tô pra te dizer, caro leitor que até hoje eu me pergunto isso e eu tenho apenas 23 anos. Não me sinto mal com isso, pois vejo alguns de 40, 50, 60 anos se perguntando a mesma coisa, mas o engraçado é que ao responderem eles sorriem sempre. Confesso, não entendo por que!

Oba! Formada no 2º grau, é hora de dar uma direção na vida, buscar um trabalho. Droga de vida, quando é que as coisas começam a ficar fáceis? Ah! Óbvio, quando vem o primeiro salário, é claro. Ele popularmente é chamado de independência, por mínimo que seja.

E essa tal Srta. Independência, olha.. tô pra te dizer novamente. Eita “Senhorina” mais patricinha - falando popularmente. Tudo tem um preço e sempre pede do bom e do melhor. O tênis do ano que tanto sonhávamos e só ganhávamos no Natal, agora ficou ainda mais distante, porque temos outras contas para pagar.

E o tempo vai passando, os Natais vão deixando seus votos de renovação e então enquanto os tênis novos ficam surrados pelo tempo, somos apresentados a Sra. Realidade.

Olha que pessoinha mais pra baixo ein. Ela parece praticamente um retrato de Monalisa, felicidade e tristeza em um único retrato. Feliz quando tudo da certo, quando sobra salário no final do mês. Triste, quando sobra mês no final do salário e assim, mensalmente cada vez mais ficamos próximos da Sra. Realidade, amigos de infância – praticamente.

Esqueci de apresentá-la falando nisso. A Sra. Realidade é uma pessoa já bem vivida, que sabe por onde vir e se não vir, como se irá cair. Sabe cada passo, tem precisão nos mesmos e sabe que se erramos coincidentemente ela nos marca um café às surpresas com o seu bom amigo, Velho Passado.

A Sra. Realidade hoje gostaria de finalizar esse post, então como ela estava até pouco aqui jantando comigo vou traduzir algumas das palavras que ela me deixou:

Viver é muito simples e fácil, o difícil é saber aceitar quando as coisas não saem como esperamos. Conhecer os parentes da Sra. Realidade um a um a cada dia da vida não é muito fácil também, se até mesmo rejeitamos desconhecidos no Facebook e Orkut, quem dirá na vida real.

Saber aceitar simplifica as coisas, ter vontade e perseverança melhora qualquer situação. Não entregar-se jamais é a essência que cada um deve carregar. Vire a cara para o jovial Dom Orgulho e aceite a companhia da gentil Humildade. Jamais encolha a mão em prol de uma ajuda, mas também saiba quando ter que dispor as mãos em parada, ou a um exagero.

Ser criança é uma maravilha e deixe isso claro aos seus filhos. Dê a eles toda a dedicação que puder, por mais que seu trabalho te consuma mais que a energia da sua garotinha em casa. Sorria, se você tirou tempo para criar, ter, montar uma família, tire um pouquinho a mais para fazê-la feliz.

Aquele acompanhamento diário com a Srta. Responsabilidade (praticamente sua psicóloga) todos temos, o que diferencia uns dos outros é o simples fato de saber sorrir e agradecer por ter construído sua própria história de ninar.

Ser jovem é uma delícia, é quando descobrimos os gostos mais interessantes da vida. O beijo, os prazeres do corpo, a liberdade, a música e o principal de todos esses: quando descobrimos nós mesmos e o que queremos de fato.

Ser adulto, pai, mãe, tio, avó é apenas um complemento, um enriquecimento daquilo que temos como dádiva e que muitas vezes só sabemos reclamar.

Viver é apenas um dom. Os prazeres da vida a que nos damos o luxo é o enriquecimento da alma e que nos fazer ter um coração tão puro e tão bondoso, cujo qual após nosso término aqui acabamos por receber uma estrela. Como aquelas que nos são dadas nas provas em que tiramos 10.

Só que recebemos um prestigio maior ao receber essa estrela. Papai do Céu na verdade a coloca lá no alto, próximo da lua, para que todos possam ver que pessoa maravilhosa que tivemos a oportunidade de ser. E não é atoa que as estrelas só aparecem e brilham à noite, pois é à noite que são contadas as mais belas histórias de ninar.

GEDIEL, Camila. Sua História de Ninar. 2011.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Por Sinal




Sair gritando e chutar o balde. Isso mesmo!
Imagine a cena, você aí que me conhece. Eu abaixando o corpo, em posição de largada, dando o primeiro passo e em seguida correndo loucamente, frenética, histérica gritando em direção a um balde e chutá-lo! É GOOOOOOOOOOOOOOL! 1 x 0 para minha dor nos joelhos!

É loucura, é doidera mesmo. Toda a vez que eu leio aquele título do livro da Martha Medeiros: Doidas e Santas, eu penso. É isso! Eu sou mais uma mulher, doida e santa. Mas aquela doida varrida, “doida da pedra” - como dizem por aí.

Raramente penso duas vezes antes de qualquer coisa, porque eu quero é viver mesmo. Viver intensamente. Se eu errar, opa! Uma cicatriz aqui e um aprendizado a mais pro meu livro: "Eu repetiria somente pelo aprendizado". - afinal, vocês têm de concordar comigo é um bom título não? - Me diz quem aqui já nasceu sabendo MESMO de algo? Acho que ninguém não é? A maioria das coisas que aprendemos ou nós vimos, ou nós sentimos.

E, se eu der a sorte de acertar de primeira - porque é pura sorte mesmo - ótimo, não pensarei duas vezes (é óbvio) ao deixar a felicidade contagiar o meu corpo e me fazer sorrir sem parar.

Cá entre nós, um segredinho: Não existe beleza maior, nem maquiagem melhor, do que a felicidade estampada no rosto de uma pessoa.

Bom, eu demorei muito para aprender o que era amor próprio e mais ainda a aprender como ser feliz comigo mesma e depois que eu descobri isso, acredite, não é qualquer coisa ou simples palavras que me convencem.

Ser feliz está muito além de tudo, muito além até mesmo da própria liberdade. Ser feliz não é somente ser livre, é sentir-se livre, ser puro e íntegro de alma e coração. Ser feliz é não ter dúvidas, mas é ter certezas. Ser feliz é não saber o que significa a palavra 'preocupar-se'. Ser feliz é não fazer idéia do que é solidão, frio, fome. Ser feliz é a base que todo o ser humano deveria ter.

Devemos deixar de esperar mais dos outros e ao mesmo tempo mostrarmos mais de nós mesmos. Nossa felicidade plena depende basicamente de nós, de nossos pensamentos e desejos. Aprenda a pensar e desejar as coisas que estão mais próximas de seu alcance e tente sempre subir a cada dia um ou mais degraus da vida - isso se chama superação.

Comece a mudar, a almejar mais e a cada novo degrau empenha-se. E não desista, jamais. Vitorioso não é aquele que chega em primeiro lugar, mas sim aquele que subiu todos os degraus um a um, e tropeçou na maior parte deles, porém sempre esteve com um sorriso estampado em seu rosto.

E, por sinal, esse sorriso se chama Felicidade.


GEDIEL, Camila. Por Sinal. 2011.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Ao Acaso

Vontade de ficar sozinha, de aprender a voar. Vontade é tanta vontade de tudo, que nem os dedos respeitam o tempo do meu pensar. É querer o bem, querer o mau. Querer o certo e o errado. O avesso e o acaso. É querer dois tempos do mesmo lado.

É não ter certeza do que se tem, do que se quer. É querer e ter tudo que se tem certeza que queríamos. É uma indecisão, é um palpite, uma voz que grita em silêncio, no mudo que fala dentro de nós. É pensamento. É tentar enxergar de olhos fechados algo que só nós podemos ver. É pensar. É a imaginação, do nada, do acaso, de tudo aquilo que a imaginação não consegue tornar para a realidade do tocar.

Me beije, eu te deixo. Me largue, eu te quero. Me abrace, me aperta, de novo, mas agora mais forte. Saí de perto, mas bem mais perto de mim. Fica longe, fica aqui. Um mais um pouco, aqui perto de mim. Dentro ou fora, quem sabe, quem saberá. Uma vez que se imaginou e desejou aquilo que não são quaisquer olhos que poderão enxergar.

GEDIEL, Camila. Ao Acaso. 2011.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Maça-do-Amor

Eu queria que tudo que é bom fosse para sempre. Que de segunda a quinta, sempre fosse sexta-feira. Que todos os doces fossem sempre doces. Que sábado e domingo tivessem 48 horas.

Eu queria que o amor não tivesse fase, não tivesse medida. Queria saber amar compreendendo as fases, sem pensar nas medidas. Queria medir o tempo afim de evitar para sempre o tal, juvenil, Srto. Sofrimento. Queria que a dor não existe, que o passado nem sempre fosse presente e que tampouco existisse tantas coisas ruins próximas da gente.

Queria que brigadeiro, beijinho e cajuzinho 'docescessem' das árvores. Que chovesse algumas vezes ao invés de água, suco de goiaba. Que o solo fosse de chiclete para aqueles que amamos nunca se afastarem da gente. Queria ver gente que gosta de sonhar. Que fecha os olhos antes de cochilar e fica pensando no mundo e em um jeito de o melhorar.

Queria que tudo fosse azul e que a paz, que branca é, fosse mestiça. Queria que nosso planeta continuasse redondo e que o coração de algumas pessoas deixasse de ser de pedra.

Queria que nada que é bom mudasse. Que tudo que é colorido sempre fosse retocado. Que o vento sempre vá e volte sem deixar-se perceber. E que a Lua que cumprimenta o Sol em despedida para um novo dia pudesse fazer a todos repensar.

Porque mudar o que é bom? Porque fingir algo que não se sente? Porque deixar-se de sentir? Porque não então sonhar e deixar acontecer? Pois sempre depois de dias nublados é o sol que radia.

Brincar de imaginar é fácil, fazer acontecer nem sempre depende da gente. Mas quem disse que não podemos sonhar? Afinal, eu sempre quis uma árvore de maça-do-amor, plantei uma semente dela durante um sonho no meu coração. Hoje brotam não só frutos, mas também desejos de fazer o bem. (E caso me perguntem sobre o bem, me desculpem pois tenho o feito sem olhar a quem)

GEDIEL, Camila. Maça-do-Amor. 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Deita'qui

É o sorriso mais apaixonante que eu já vi. O jeitinho mais carinhoso de deixar-se levar, cujo qual me deixo a qualquer hora conduzir. São os, alguns, fios de cabelo que caem sobre o rosto sempre, deixando-o cada vez mais encantador.

Poderia dizer que é o toque, a pele, o perfume, o beijo. Mas não, é muito mais que isso. É uma certeza que ta dentro do peito, dos pensamentos. Uma certeza que é maior do que qualquer... enfim. Não sei dizer, perdi as palavras de novo.

Perdi, perder, perdida... Perdida! É assim que me sinto perto dele, perdida. Perdida entre o real e o sonho. Entre o céu e a terra, uma oscilação de realidade e sonho que eu nunca sei se o que eu estou vivendo é real ou fantasia. Mas isso é apenas até tocá-lo e ter certeza de que tudo é verdadeiro, pelo menos é o que diz o simples toque de minha mão.

Olhar para ele me faz ver o mar, senti-lo lembra-me o sopro do vento, a maresia. Tocá-lo é como firmar os pés na areia, deixar levar com as ondas. Nada mais que um recanto, um cantinho, my single bed, como diria Bob Marley. Uma sensação entre a paz e o êxtase.

Como se fosse um mar, que se deixa quebrar as ondas, uma a uma em cima de seus grãos de areia. Como se ele fosse a lua que todos os dias beija o manto do meu mar e faz brilhar delicadamente cada pedaçinho desse chão, que é a minha vida. Uma lua tão bela que não cega que se deixa admirar. Não é um sol, não é aquele claro faminto que não nos permite sequer admirá-lo. Mas sim uma lua, com aquele brilho singelo e aconchegante que nos beija a noite enquanto diz: "deite aqui, que nos meus braços te farei feliz".

GEDIEL, Camila. Deita'qui. 2011.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Um Resumo

Saudade da caminha de solteiro, dormir abraçadinho, bem juntinho para que nenhum caia no chão. Os risos incontroláveis que rolam muitas vezes por qualquer coisa sem motivo. A simplicidade é o melhor sentimento do mundo.

Ser simples, amar simplesmente. Ver aquele rostinho lindo deitado sobre a nossa barriga, com os olhos, quase que cobertos pelos fios de cabelo que caem sobre o rosto, te fitando como quem parece dizer: "muito obrigada por estar aqui". Nada no mundo é mais precioso do que um momento inesquecivelmente lindo.

Ver aquele brilhinho no olhar, os traços do rosto se moldando para um sorriso de olhinhos fechados, cujo qual... eu tenho que admitir que nunca resisti, desde o primeiro que vi.

Tem coisas na vida que não tem explicação realmente, eu achava que isso era papo furado daqueles que não tinham sentimentos, mas... só de pensar nele, me faltam palavras. Eu poderia usar mais de mil dicionários, procurar os mais lindos adjetivos, os verbos mais perfeitos para cada coisa que já passamos juntos, mas... nem sempre as palavras conseguem traduzir aquilo que sentimos na pele, no espírito e no coração.

Eu te amo é um resumo, é um muito obrigada por tudo. É uma frase simples, com um poder incrível de resumir um todo que não tem explicação.

GEDIEL, Camila. Um Resumo. 2011.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Cabelo

Hoje, após mais uma desilusão dessa deliciosa e apetitosa vida cai nos braços de uma comunidade no Orkut chamada: "Homem é igual cabelo". Eu estaria mentindo se a mesma não tivesse pelo menos me tirado um sorriso do rosto, pois a descrição da comunidade era sensacional:

"homem é igual cabelo, num dia a gente prende, no outro solta, num dia a gente alisa, no outro enrola, dá uma cortada quando precisa, numa semana a gente amacia, na outra é só dar uma batidinha que ele fica ótimo! fala a verdade, cabelo dá trabalho... mas você consegue viver careca?"
http://www.orkut.com.br/Main#Community?rl=as&cmm=1428456

Triste e realista, a verdade é que não existe homem perfeito. Tampouco raros são os que são fiéis, é como você encontrar um leão de juba rosa no meio da selva. Dificílimo, mas pode existir.

Não sei quem inventou a traição, nem quem inventou a mágoa ou a mentira. Pra falar a verdade... O Sr. Inventorzinho de tudo isso, fala sério, não tinha melhor nada pra fazer não?

Eu não sou a pessoa mais certa para falar, pois como diz a minha amiga: "mi, tu nunca soube a dor que uma pessoa que traí sente, tampouco a culpa de tudo isso". E, vendo como ela ficou várias vezes, não quero nem sentir mesmo. Eu sempre fui criada com a concepção de que, jamais deveria fazer ao próximo um mal que eu não desejasse a mim ou à alguém que eu amasse e foi assim que eu me criei.

Acredite você ou não, nunca traí um “ficante”, um rolinho, um namorado, nem mesmo o meu cachorro, meu urso panda, nem minha mumuxa (minha vaca-ursa). Ou melhor, nunca traí meus sentimentos.

Eu sempre fui tão ingênua nesse ponto que aos 8 anos de idade eu jogava banco imobiliário com meus ursos: o Panda, a Colorida, Meu Amor de Dinda e a Rosinha (Sim, esses eram os nomes deles. Você queria o que? Eu tinha 8 anos), porque quando eu jogava com eles pois como eu não roubava nunca em jogos, saberia que nem eles, por serem ursos me roubariam, assim como meu irmão e minha prima adoravam fazer. Então ao invés de jogar com eles, os ladrõezinhos, eu jogava com meus ursos e acredite ou não. Azarada ou não, o Panda sempre ganhava. Além de louco e ingênuo é triste.

Sei lá como descrever isso, mas eu sempre me colocava no lugar deles antes de comprar um imóvel novo, colocar uma casa, um hotel ou hipotecar algo. Acho que foi a partir daí que desde pequena eu aprendi que mentir era feio e machuca (porque eu ficava triste quando meu irmão e minha prima roubavam). E a partir daí que eu aprendi a me colocar no lugar dos outros antes de fazer qualquer coisa que me pudesse magoar.

Talvez, pensando agora, se todo mundo aos seus 8 anos de idade tivesse tido a insanidade de jogar banco imobiliário honestamente com seus ursos ou seus carrinhos de corrida muitas pessoas seriam ainda melhores do que já são hoje.

Não têm uma fórmula certa para nada na nossa vida. O certo é sempre fazermos aquilo que queremos, no momento em que queremos. É assim que a maioria pensa. É assim que eu pouco penso. Talvez eu esteja errada, talvez eu não esteja. Quem vai saber? Eu, você? Não! Nenhum de nós, pelo menos não teremos a certeza completa enquanto nossos corações continuarem a bater.

Mas, voltando ao assunto (tenho que perder essa mania de desfocar meus textos), homem machuca, mulher machuca, mas não adianta, necessitamos um do outro. A natureza impõe essa necessidade que é sentimental, carnal e material.

Temos a necessidade sentimental que é desejar ter alguém para querer e sentir que a mesma também nos quer bem. Assim como tem a necessidade carnal, que é o desejo, a lascívia, a traição. E, a necessidade material que é escolher alguém, em algum momento da vida e construir uma história com essa pessoa, um lar, nesse ponto se torna material.

Homem é igual cabelo para as mulheres. Mulher deve ser igual... bom, não sei, mas algo devemos simbolizar a eles. A diferença é que existem pessoas que aceitam que todos somos imperfeitos e pessoas que não aceitam. Não existe homem fiel, assim como não existe sapato de bico fino e salto alto que não machuque o pé após 24 horas de uso contínuo.

A vida é assim mesmo. Quem peca em um lado, é uma dádiva em outro e vice-versa. E pra saber mesmo a hora certa de saber o que fazer com o seu cabelo (se é que me entende) é só lavando ele de novo e ver o que vai acontecer, se precisamos prender, soltar, dar uma batidinha ou amaciar. Mas, lembrem-se nenhum salão de beleza recomenda que o cabelo seja lavado todos os dias.

GEDIEL, Camila. Cabelo. 2011

domingo, 2 de janeiro de 2011

Pense Bem

A melhor coisa que pode existir numa pessoa é a positividade. É a vontade de estar sempre disposto e sempre pensar em ficar bem, deixar as coisas bem e ter certeza de que tudo que for ruim vai passar, sozinho ou não, e que nada na vida é permanente e, que tampouco adianta chorar desenfreadamente por alguns minutos se segundos depois estaremos nos esbaldando as gargalhadas.

Tudo na vida se encaminha sozinho e no momento certo. Não dá pra julgar, e culpar ou culpar-se como mencionei no último post, mas basta amar-se mais do que qualquer coisa e vamos descobrir que tudo estará sempre bem. Pois se estamos de bem conosco, de consciência limpa e sabemos que temos um bom coração, todas as demais coisas estarão bem.

Não adianta tentarmos mudar o destino das coisas, fazendo ou deixando de fazer algo achando que aquilo influenciará a curto ou longo prazo. Tudo isso é tentativa frustrada, tudo na vida tem sua hora certa para acontecer, sejam as coisas boas ou as coisas ruins e tentar mudar isso é apenas uma perda de tempo. Afinal, toda a nossa história já foi escrita antes de pensar em abrir os olhos pela primeira vez.

Sempre que for algo bom, agradeça e aproveite e sorria o máximo que puder, porque todos os bons momentos se tornam lembranças inesquecíveis. Porém, sempre que for algum ruim, pense no por que aquilo aconteceu e independente do que seja aceite sempre, por nada na vida é por acaso. E dizermos que não aceitamos também não mudará em nada, dependendo da circunstância.

Então,chore até seus olhos cansarem e ficar sem voz. Depois você verá, a curto ou longo prazo(também), que aquelas lágrimas só serviram de aprendizado e de alívio, nada mais que isso. E que hoje, independente de tudo de ruim que aconteceu no passado você está aqui bem e feliz e grato por cada parte boa e ruim da sua história.

Ninguém tem uma vida perfeita, ninguém que vive sorrindo é feliz o tempo todo. A diferença está apenas em saber superar e aceitar as perdas e vitórias com humildade e com a compreensão de que nada nessa vida é para sempre. E que você terá que passar por provas a vida toda até achar que sabe de tudo e então a vida leva você embora, por que você não tinha mais nada a aprender, repensar ou até mesmo, ensinar.

Deixar-se cair em tristeza é a coisa mais simples do mundo, qualquer um consegue isso. Mas saber sorrir até mesmo das coisas mais difíceis é para os raros. E, falando disso lembrei do dia em que perdi minha amiga e ex-chefe num acidente de carro. Eu teria morrido de tanta dor que eu senti durante aquela primeira semana, mas todos os dias eu pensava nela e pensava como se fosse ela e se a situação fosse inversa.

Tudo bem que teremos de lidar com a morte muitas vezes na nossa vida. Mas sempre esquecemos da seguinte frase: "No dia que eu morrer, eu não quero ver ninguém triste. Quero que apesar de toda a dor e falta que terão de mim, vocês têm de sorrir sempre e lembrar dos nossos melhores momentos juntos. Afinal eu morri em vida, mas no coração de vocês eu estarei sempre viva enquanto lembrarem de mim". Não sei se todo mundo pensa assim, mas eu penso e achei que a Jaque também pensasse e foi aí que eu parei de chorar, recobri minha consciência e comecei a olhar nossas fotos e lembrar de tudo que havíamos vívido juntas ao invés de chorar e não aceitar a perda.

Pensar nela e sorrir, faz eu sentir ela viva dentro do meu peito sempre e com certeza lá de cima ela estaria muito feliz em me ver sorrir.

Mas, voltando ao assunto principal do texto... O mais importante é querermos sempre o bem, o melhor. De que adianta brigarmos, nos descabelarmos se depois vamos nos arrepender de tudo aquilo. Então por mais ruim que seja qualquer coisa na nossa vida tente dizer sempre: "Tudo bem, já passou". Se até mesmo 1 segundo atrás já é passado, porque ficarmos martelando. Supere sempre tudo, isso apenas tornará você uma pessoa melhor e mais auto-suficiente.

Claro que existem exceções bem delicadas em muitas situações na nossa vida. Mas perdoe sempre, e diga que está tudo bem. A única pessoa no mundo tudo que pode nos julgar, ou castigar está lá em cima trabalhando e olhando por nós o tempo todo. Então, aproveite a oportunidade que ele lhe deu e seja feliz, que do resto, da justiça e de tudo mais, ele toma conta no tempo certo.

Acredite em Deus, tenha fé. E supere-se sempre, todos os dias. Nunca deixe nada lhe fazer mal, nada lhe machucar. Caso sinta vontade de chorar... chore! Mas depois lave o rosto e comece a cantarolar o quanto foste ingênuo em desperdiçar algumas lágrimas com tristezas desnecessárias. Vou finalizar esse parágrafo com uma das frases mais realistas que conheço: Nada vida nada é tão difícil, somos nós sempre que complicamos.

Então, simplesmente abra os braços(adoro isso) e aprecie e a vida.

GEDIEL, Camila. Pense Bem. 2011

sábado, 1 de janeiro de 2011

Até Quando?

Não se sabe mais qual é a fórmula certa e existe um medo muito grande de errar. Um medo de cair de novo lá do alto e se machucar. Não sonhar é impossível, mas também é inaceitável mais uma vez acordar.

Se a vida for feita de tantas idas e vindas, é por aqui que devo parar. Superação é sempre bom, mas viver superando sempre as mesmas coisas já é demais. Sofrer sempre pelas mesmas atitudes impensáveis dos outros, não cabe mais.

Preferimos ficar na nossa e sermos felizes. Jamais faríamos algo que magoasse a nós mesmos, mas nem todos pensam no próximo como pensam em si próprios. Afinal, nascemos para fazer nossa vida valer a pena e não a do nosso colega de quarto. Se é que me entende.

Passamos uma vida toda em busca de alguém especial, que se encaixe da melhor forma conosco e na nossa vida, e, até nisso somos egoístas, pois na maioria das vezes queremos alguém que se encaixe na gente, mas nem sempre nos permitimos encaixarmos em algum lugar.

Não sei por que estamos tão revoltosos, mas deve ser o medo de sofrer de novo. Três tentativas já foram realizadas e, pessoalmente falando, tudo na minha vida sempre levei por esse lado: 3 chances. Uma eu relevo, outra eu converso, e na final eu apenas agradeço por tudo e digo adeus. Simplesmente porque errar uma vez é humano, insistir no erro é burrice e tornar a errar já deixa de ser um erro e se torna uma necessidade.

Cansamos muitas vezes de procurar o amor e cair de cara no chão. E sempre dizemos: "Dessa vez, HEI AI VOCÊ, Sr. Amor, eu estarei aqui, tão pronta quanto sempre estive, mas por favor, não me decepcione, não me iluda com meias verdades. Me mostre, me faça sentir, faça-me ter certeza de que será eterno, porque eu já cansei de ser infeliz e sofrer".

A vida é tão boa para desperdiçar seu tempo com lágrimas e infelicidades por conta de outra pessoa. A vida é para ser amor a todo o instante, compreensão e bem querer. Aceitar sempre que todos nós somos seres independentes e o que faz um relacionamento de sucesso é saber entender que o próximo nem sempre estará disposto e no seu melhor dia para ficar ao nosso lado. E que existe a necessidade de ficarmos sozinhos, sair somente com nossos amigos e esquecer um pouco das coisas. Ou melhor, sentir saudade.

Todo o relacionamento de sucesso tem compreensão, ausência, necessidade, presença e saudade. Além dos sentimentos base que são fidelidade, lealdade e companheirismo.

Nascemos para ser livres e não limitados. E se gostamos de alguém, queremos essa pessoa sempre por perto, necessitamos disso. É um amor, uma proteção. Mas também não podemos ser prisioneiros de um sentimento. Temos que ter liberdade, pois essa é a maior necessidade de todo ser humano: Liberdade.

Sentir-se livre, como um pássaro, sempre nos faz criar raízes. Pois ser livre é ser respeitado. E respeito é uma das coisas que pouco existe hoje em dia e quando existe, muitas vezes é ignorado, é menosprezado e desvalorizado.

Amar exige cautela, exige cuidado. É um jogo que temos de estar mais preparados para perder do que para vencer. Pois enquanto estamos juntos é felicidade, mas quando separa é uma dor incalculável. Então, antes de começar qualquer coisa temos de nos perguntar se estamos preparados.

Deixar-se amar é fácil, difícil mesmo é amar, mas até quando?

GEDIEL, Camila. Até Quando?. 2011